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Demanda de leitos era de 350 a mais por dia, agora é de 16, diz governador

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O governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), falou sobre a possibilidade de voltar a cogestão a partir de segunda-feira. Ele não confirmou a decisão, como foi adiantado pela Assembleia Legislativa, mas disse que há uma chance disso. Com a cogestão, os municípios podem adotar protocolos mais flexíveis, e isso significa em uma chance de retomar comércio e serviços não essenciais. O governo ainda disse que a cogestão é considerada em função da situação econômica e do valor do auxílio emergencial, que não é suficiente para a maioria das pessoas que precisam. 

Pacientes morrem à espera de leitos de UTIs nas emergências em Santa Maria

De acordo com Leite, se confirmada a cogestão até essa sexta-feira, é por causa de indicadores que mostram a queda na demanda diária de leitos de hospitais. Segundo ele, antes da bandeira preta, o Estado tinha uma demanda de 350 leitos por dia dos pacientes e, agora, duas semanas e meia depois, o índice baixou para 16 leitos por dia. Ele explica que isso mostra que, mesmo com alta ocupação de leitos, a demanda reduziu. Segundo o governador, a taxa de contágio do vírus reduziu de 2,35 (média de que a cada 10 pessoas infectadas podem transmitir o vírus para outras 25)  para 1,4 nesse período (a cada 10 pessoas confirmadas podem transmitir para outras 14). 


- Isso significa que o vírus se dissemina menos rapidamente e que as medidas surtiram um efeito importante - disse e o governador.

De acordo com o governo, o número de mortes em decorrência do vírus ainda vai chocar nos próximos dias, porque é um indicador tardio: 

- Esse volume de pessoas que está ainda internada, e parte delas não resistirá infelizmente, ainda vamos ver crescimento de óbitos nas próximas semanas, mas os dados da demanda de internações já demonstram redução da circulação do vírus. E como a gente sabe que o fôlego é limitado economicamente, o país tá oferecendo um auxílio emergencial três vezes menor a metade da população do ano passado, não há espaço para exigir folego da população por ainda mais tempo. É por isso que tendo sinais, tendo indicadores que nos permitam redução efetiva do contágio e da pressão hospitalar, nós devemos partir para retomada da cogestão. 

AINDA COM RESTRIÇÕES
Mesmo com o estado em bandeira preta e com a cogestão, as atividades não essenciais devem ser liberadas somente de segunda a sexta, e não aos finais de semana. O governador não descarta medidas mais rigorosas como toque de recolher e suspensão geral de atividades no sábado e domingo, além de fiscalização rigorosa. 

- O estado vai continuar em bandeira preta porque o risco é alto em função da super demanda do sistema hospitalar, ele ainda está pressionado. A gente não está vendo a continuidade do aumento da demanda, mas está estabilizado em um patamar muito alto, com muitas pessoas atendidas em salas de recuperação, nas emergências, enquanto deveriam estar nas UTIs. Então isso significa um risco alto e a bandeira preta é para alertar a população. O Estado dá o alerta, oferece os protocolos da bandeira preta, mas permite que os municípios possam fazer eventuais ajustes nos protocolos até o limite da bandeira vermelha. Cogestão não significa aplicar automaticamente os protocolos da bandeira vermelha, e sim seguir a bandeira preta com algumas mudanças, conforme a realidade do município. Eles também podem ficar com os protocolos da bandeira preta e serem até mais restritivo, como é o caso de alguns municípios - concluiu Leite. 

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